segunda-feira, 22 de junho de 2009

ENTRETANTOS






ENTR(E)TANTOS





Pássaro em solo descansa,
asas de sua solidão, avança,
na direção de um outro
que alhures suas penosas semelhanças
que nas diferenças são
alados,
aprisionados,
mortificados,
afugentados por impactos entre as correntes dos ares.

Remember;
“Spirits In The Material World” .(The Police)
Uma canção cantada para não deixar morrer
a existência do ser enquanto além corpo.
Então dois pássaros voando; ah, ah, ah!
Em busca de habitat para seus anseios,
abrandar,
consolar,
desmitificar,
solo e ar como entraves derradeiros.

Juntar-se ao bando, proteção, prorrogação
Tempo de vidas, olhar(es) no singular
Sobre oceanos e seus charcos intocáveis
E as sensações de distancias ao aproximar
E o planar de cada um, radares são
de interrupção,
migração,
celebração,
do povoado um, dois, “trocentos” milhão.
Voando, caminhando, velejando
brindando o aconchego de lugar/luar
de cada, de todo o um, que acompanha
pontual, sem mal e sem igual, no singular
o leve e sereno sentir ser – lido,
lidando, com(e)sigo estar.

22 comentários:

Anônimo disse...

Salete minha querida

Que lindo texto, entre tantos pássaros continuamos voando com nossas diferenças e semelhanças , enfrentando impactos, mas continuamos juntos buscando a completude de nossos anseios.
um beijão.

Ana Guimarães disse...

Curioso, linkei/associei com "Codinome Beija-flor", do Cazuza... Penso que voar sim, sempre, mas "em busca de um habitat para seus anseios" é queda na certa. Melhor ter consciência que se voa sempre sozinho, ainda que (bem)acompanhado.
Abração, minha amiga!

Tere Tavares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tere Tavares disse...

Salete,
A simbologia das asas enseja plurisignificados, mas um emerge inconteste dentre todos: o de liberdade, "abre as asas sobre nós"! Beijos


PS. Refiz o coment devido a um deslize gramatical.

João Esteves disse...

Leio hoje este, entre tantos outros posts do seu blog a que faz tempo não venho.
A imaginação ganha asas no voo quye voce alça.
Quanta coisa as criaturas aladas sem nem saber nos fazem pensar e sentir, não?
Agora saio da imaginária condição ornitológica emprestada por seus versos e retorno a minha correria cotidiana. Como se diz na gíria, saio voado!

Unknown disse...

Existe uma grande incomunicação entre os seres.
Incomunicação que avança depressa, nos teretes.
Somente um momento de paz,
Atenciosa, silente é capaz,
Ao acender, ascender alturas.
Para os que viviam às turras.

Parabéns. Perdão pela poesia, ruim e vera.
Beijos.

Zilda Santiago disse...

"Voar,voar...Subir,subir"...Uma bela viagem nos conduz o seu poema!Beijão.

Madalena Barranco disse...

Que lindo Salete,

Senti que ao ler seu poema nasciam tímidas asinhas em mim... Voar é possível em seus versos alados.

Beijos e muito obrigada pelo seu e-mail.

Luísa Nogueira disse...

Parabéns pelo texto, amiga! Posso publicá-lo no ViaAmigos do Multivias?
Um carinhoso abraço!
Luísa

Salete Cardozo Cochinsky disse...

Olá, amigos que aqui estiveram
Grata pelas leituras.
São sempre únicas mas complementares conforme a percepção de cada um.
Beijos

Salete Cardozo Cochinsky disse...

Oi Luiza
Claro que pode, mas vê fiz uma confusão e acabei postando teu Blog em ALETHEIA. Pode ficar?
Beijos

Luísa Nogueira disse...

Bom dia e obrigada, Salete!
Vamos publicá-lo no ViaAmigos do Multivias sábado, OK?
Até lá, amiga!

Dalton França disse...

Entretantos blogs e textos, o Aletheia dá show, querida Salete!
O lirismo de suas construções literárias nos remete a voos sempre mais altos.
Um grande beijo!

Luísa Nogueira disse...

Salete, agora que vi 'a confusão' de que você falou... Não vai lhe atrapalhar? Acho que para voltar, só fazendo tudo novamente!

Acabei de escolher uma foto para ilustrar seu texto; depois me diga se ficou 'de acordo'!
Bjs

EDUARDO POISL disse...

“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.”

(Fernando Pessoa)

Desejo um lindo final de semana com muito amor e carinho.
Abraços


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Ramosforest.Environment disse...

Uma profissão de fé, de sensibilidade.
Um hino de amor à natureza e à solidariedade.
A expessão de uma poetisa.
Luiz Ramos

Lau Milesi disse...

Querida Sally, se todos os "entretantos" fossem tão poéticos e lindos como o seu...ahhh... que maravilha seria.

Parabéns!!!

Um beijo

OLHAR CIDADÃO disse...

Salete

Venho ao su blog e me transformo num 'menino passarinho' co vontade de voar.

Beleza,

Um abraço

Raquel disse...

Saletita,

Que poder tienes!!! Llego tarde a ese post, pero es perfecto para el estado de animo que me encuentro.
Como tu has dicho, cada uno hace su propia lectura, y creo que pueden ser realmente multi...
La pintura es tuya??? Me gusta mucho.

Besitosssss

OLHAR CIDADÃO disse...

Salete

Em novo vôo, voltei para reler e novamente ver essa beleza de espaço.

Um abraço

Salete Cardozo Cochinsky disse...

Obrigada pela complemantação do texto que fica assinalada por seus comentários, Luísa N, Dalton, Luiz Ramos,"Uma página para dois", Lau, 007, Raquel
Voando, caminhando ou navegando. O importante é avançar, ir, andar em direção àquilo que nos faz bem.
Um abraço a todos

Anônimo disse...

Obrigada Salete pelo comentário e visita .Sim continuemos cada uma de seu jeito. O que importa é encontrar o inteiro.
beijos