sábado, 17 de julho de 2010

CAMINHOS




Do eu, quando um manto de frio encobre,

levanto esse manto e descubro encantos

que abaixo ou acima, em qualquer recanto,

re-canto em canção mesmo que em pranto.


Imagem Jornal Zero Hora de Porto Alegre

Quando nebuloso o dia amanhece,

de alguma janela chegam imagens belas

e um misto de outrora que ainda vigora,

em vultos e envoltos de longe vem perto.



São lembranças vivas, hora bem ativas,

miçangas, pitangas e frutos silvestres,

caminhos em campos, constroem o futuro

mesmo sobre flocos não se perde o foco.



Em todas as barreiras, vislumbram-se as beiras

por onde andamos, haverá fronteiras,

gélidos sinais, sussurros de ventos

onde os pensamentos de carona vão...

Não em vão,

Nem só pelo chão.

Matéria sim,

subjetivada,

estradas,

são vidas

reconstruídas.



In memória ao meu irmão Egídio que nos deixou em junho próximo passado, após cinco meses de agonia em decorrência de acidente de trânsito.