quarta-feira, 28 de maio de 2008

VEREDICTO DO INCONSCIENTE II



Os sinais que comunicam são como água em cascata, caem junatndo-se a outras águas e formam rios, podem outra vez cairem como casacata, virar vapor, penetrar na terra ou ser recolhidas para outros consumos.
Por: Salete Cardozo Cochinsky em 27 de maio de 2008.



Por alguns anos dediquei-me a escritos técnicos. Minha paixão além da clínica me fez exercer a função de supervisão técnica e a coordenação de seminários de equipes com profissionais, não só da psicologia, mas da área da saúde, que trabalhavam a partir da demanda (queixa) de crianças, (infantes). Com ela, a família, pois é no seio, e a partir dessa que o desenvolvimento ocorre. Obviamente, não há como exercer essas funções sem estar participando ativamente de Eventos, Congressos, Conferências. E foi assim; produção e apresentação de trabalhos. Imagina se ali eu me permitia deixar algum erro gramatical ou de ortografia.

Escrevo isso aqui, porque constato que são recorrentes esses lapsos nas publicações de POST’S e comentários. Sei que em suas leituras lerão as palavras ou frase com problemas e compreenderão o que desejava dizer, mas que minha displicência com o formalmente correto impediu. Pois aí está, desde 2004, estou dedicada a ao exercício clínico e a escrita sem o comprometimento com comunidades científicas, mas com o exercício da linguagem cotidiana, de onde se sabe, é por excelência o lugar do sujeito, isso é; onde se mostram ao vivo e a cores os mistérios da psiquê, alma humana.

Escrever de forma poética é um estilo e é possível também, através desse estilo formular e compartilhar publicamente o conhecimento e saber sobre a ÁGUA QUE CORRE DESSA FONTE. O psíquico é a fonte, que também tem necessidade de ser abastecido (recebe do próprio corpo que o comporta, tornando se o “UNO” e do exterior ao corpo/pessoa, a cultura e as circunstâncias espaço-temporal onde nasceu e onde vive seu cotidiano ou extracotidiano).

Desse meu desejo formulo o que escrevo, às vezes, ancorado diretamente na emoção, na intimidade do que afeta, mas que já tendo passado pelo crivo da análise, retorna com pedido de expressão. Outras vezes, como uma maneira de formular o que é o próprio inconsciente e seus mecanismos, o que se apresenta como o nome de personalidade. Esses textos comportam também a racionalidade e a cognição em explanação de uma teoria, como o texto que escrevi em 2005 e com esse vos apresento hoje com esse adento:



VEREDICTO DO INCONSCIENTE


A palavra escrita ou falada,

Mesmo que queira o autor

Tomado por sua dor ao constatar seu anúncio

Na tela...

Na folha de papel...

No “outdoor”... Nos muros...

Nas calçadas das ruas...

Continuam sendo suas,

e, não adianta apagar.


Veredicto do inconsciente,

Que comanda toda a gente

que vive sobre o planeta,

Seja para a paz e o amor,

Seja para a guerra e dor.

Não adianta dormir, Nem tanto tentar fugir...

Isso que foi anunciado,

Para sempre estará gravado

Nos lugares mais sagrados

Daquele que professou.


Traduzido por mim para o idioma espanhol


EL VEREDICTO DEL INCONSCIENTE


La palabra escrita o hablada,

Aun cuando quiere el autor

Tomado por su dolor

al verificar su anuncio,

En la pantalla…

En la hoja del papel...

En lo “outdoor”...

En las paredes...

En las aceras de las calles...

Ellos continúan al ser suyo,

y, no adelanta borrar.


El veredicto del inconsciente,

Que ordena toda la gente

que se mantiene en el planeta,

sea para la paz y el amor,

sea para la guerra y dolor.

No adelanta dormir,

ni tanto intentar huir...

Eso que se anunció,

para siempre se grabará

en los más sagrados lugares

de eso que profesó.


Lembro a vocês que tudo o que é manifestado pela linguagem, se não pode ser apagado, pode ser re-significado, ou seja, a próxima palavra, sinal, frase, página, existe para isso mesmo; correção e desdobramento. Até mais,