domingo, 12 de dezembro de 2010

MOMENTO DELICADO

Queridos amigos, leitores e aqueles que me acompanham
Como vocês perceberam esse ano a vida me trouxe a realidade que provocam dores,
angústia, sofrimento. Ainda vivo um desses e escrevo para deixar esse registro e dizer porque não estou podendo ler e comentar. Mais ter essa disponibilidade e desejo do intercâmbio.
Enfim, a vida é assim. Nesse momento, meu marido passa por uma situação delicada, (já há dois meses), hospitalizado com grave problema cardíaco.

Desejo que todos estejam bem e espero em breve poder estar mais tempo com vocês.



Vida é movimentação,

Vai de um casulo, a um avião,

é borboleta em ordem em seu ciclo

rompendo as barreiras do sentir e pensar.



Horas de dores, horrores e agonias,

constatam-se os fatos, algo em sinergia,

em seu simultâneo, sem alegoria,

sinais, e alertas servem como guia.





Nossas experiências apontam para fatos,

dos quais, impotentes, resta nos a espera,

quanto vai além da simples quimera,

os medos imperam, natural de nossa natureza.



Beijos a todos



12 de dezembro de 2010



Salete Cardozo Cochinsky





quarta-feira, 10 de novembro de 2010

PALAVRAS


O evento e a data
Neste Livro, em 10 páginas, estão publicadas poesias de minha autoria.
Todas elas foram escritas entre 2008 e 2009 e publicadas no Go, nosso antigo condomínio.
Escolhi PALAVRAS para publicar junto com o convite


Caço as palavras que me laçaram


Lançadas caíram em livre espaço

E há seu tempo erguem-se como manto

Prontas, despontam, florescem em cantos.



Mas com seus mistérios sinuosos se erguem

E com sua ramas, pontas de “eiceberg”/

São sobras de peso, falta de elementos

Em águas oceânicas, sinais a observar.



Palavras, partículas que ao espaço evaporam

Fazendo outros laços em compasso dos ventos

Seletas incorporam-se no sólido para assegurar

E desacomodar...



Palavras, chamas hora suaves, hora candentes.

Incontroláveis, impávidas sólidas, solícitas.

De conexão à desconexão exultam as paixões

Que movem moinhos, fazem redemoinhos.



Palavras que vacilam entre um e outro vão de escape

Que sempre em sinapse, volátil em campos

Livre de encantos, ganha nos recantos

Sentidos singulares, incongruentes regulares.

Salete Cardozo Cochinsky - Primavera de 2010

 

sábado, 9 de outubro de 2010

ABSTRATO

Imagem  cérito de:



Os signos, as letras, os sinais me tomam

Guiam meu espírito e minhas mãos

E ao dedilhar alhures ao teclado pronto

Refaço-me em pontos aonde nunca cheguei.



Se eu parar as reflexões, me tornaria refém de refrões?

Não, não seriam só refrões, adviriam os senões!



Sobre telhados molhados, senti os pés

De assas aparadas me debati entre ramos

Esconder-me de perigos, sentir castigos

Enquanto as letras me tomam, me domam.



Driblei os costumes, transgredi.

Vibrei de alegrias, me diverti

Senti pudores ao ver os horrores

Banhei-me em águas limpas para me purificar.



Ah, se os ventos, os rumos mudassem!

E se o barco que sou encalhasse em arreia

Ainda assim com visão de imagens, seria um manuscrito

Para retomá-los ao longo da viagem.


Por: Salete Cardozo Cochinsky em outubro de 2010

domingo, 19 de setembro de 2010

BEM ANTES DE O SOL NASCER

Crédito da foto : Bruno Sellmer





Bem Antes do sol nascer


existia uma linguagem


e insistia .


Entre o Céu e o Chão,


como estrelas , como Águas


como pedras


vias criava .






Circulava em silêncio Hora,


vociferando Hora,


Circulando ,


criando ,


Espaços provendo .






Bem Antes da Aparência


um dos signos Existência


OS Destinos desalinhava ,


alinhando o Desejo ,


Como ensejo


Para quem Quiser


e se atreve


Gozar uma


com voo de


CAMINHAR OU


aportar e,


Seu Lugar ocupando .

Por: Salete Cardozo Cochinsky em 19 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

PALAVRAS NUAS

IMAGEM WEB

PALAVRAS nuas







O Tempo e O Vento ,


São Movimentos Dois


contínuo, contíguos ,


impérios de abrigos


dos perigos


não ambíguo ,


umbigo


das palavras


nuas


Escritas na lua


da Imaginação .

Por: Salete Cardozo Cochinsky , final do inverno de 2.010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

50 MINUTOS


Imagem - Uol imagens


50 MINUTOS



Nesses cinqüenta minutos

Podes crer eu não discuto

Nem disputo,

tal poder

O PODRE QUEREER PODER.





Televisão desligada,

ela não serve para nada

pois nesse momento então

contaminaria o chão,

minha alma, minha calma,

com falas despudoradas

repetitivas e agressivas

para quem conhece o real.



Um País cheio de medo,

corrupção e insegurança,

impunidade e vaidades

que os meios de comunicação

mostram também, implicados

pela forma de informar

e certos partidos tomar.


Uol imagens, caça


Já sabemos de antemão

que não há promessa em vão,

mas vejam vem bem a intenção

quando cumprir é falácia.

Programas eleitorais

Faz do Brasil os currais,

com esmolas, bolsa-escola

um brutal engano mútuo.


Porto Alegre, 26 de agosto de 2010.
Salete Cardozo Cochinsky

sábado, 17 de julho de 2010

CAMINHOS




Do eu, quando um manto de frio encobre,

levanto esse manto e descubro encantos

que abaixo ou acima, em qualquer recanto,

re-canto em canção mesmo que em pranto.


Imagem Jornal Zero Hora de Porto Alegre

Quando nebuloso o dia amanhece,

de alguma janela chegam imagens belas

e um misto de outrora que ainda vigora,

em vultos e envoltos de longe vem perto.



São lembranças vivas, hora bem ativas,

miçangas, pitangas e frutos silvestres,

caminhos em campos, constroem o futuro

mesmo sobre flocos não se perde o foco.



Em todas as barreiras, vislumbram-se as beiras

por onde andamos, haverá fronteiras,

gélidos sinais, sussurros de ventos

onde os pensamentos de carona vão...

Não em vão,

Nem só pelo chão.

Matéria sim,

subjetivada,

estradas,

são vidas

reconstruídas.



In memória ao meu irmão Egídio que nos deixou em junho próximo passado, após cinco meses de agonia em decorrência de acidente de trânsito.

domingo, 25 de abril de 2010

APENAS POESIA?



Essa poesia foi escrita logo em seguida que comecei a escrever no formato POESIA. Aconteceu como uma singela, sintética  resposta as minhas interrogações sobre o que é, o que se quer, o que se faz com e de uma poesia.


Poesia sem tema.
Poesia sem lema.´
Será?
A palavra é escrita ou dita,
para quem quiser pegar.
Se usá-la ao bel prazer,
fará bem de qualquer jeito,
pois idéias, pensamentos
produzem os movimentos
necessários para viver.


O poeta enquanto lavra
a poesia que o buscava,
deixa cair as palavras,
deixa marcas e sementes,
que podem solenemente
dar vida à outras poesias.



Poesia não se conclui,
se acaso ela polui
jogue fora da lembrança,
mas mantenha a coragem
de saber que uma homenagem
foi escrita sem saber.

Repost
Porto Alegre - outono de 2010

quarta-feira, 10 de março de 2010

RECONEXÃO

Foto da tela (abstrata) inteira, óleo sobre tela feita por mim, da qual somente um recorte do canto superior direito, compõe o Post IMPERFEIÇÃO

"As ponta de um fio, um ponto, um sinal são os indicativos de que há um certo "quantum" de liberdade, singular  a cada um. "


Por um fio que arrasta,

devasta, afasta barreiras,
encontro-me com besteiras,
asneiras, que conjugam com as corredeiras,
e a atualidade está em construção.






Logo de tão perto, constata-se estão,
inconvenientes censuras, que abalam estruturas
e assim solto o verbo salvo por um fio,
traços e tranças que desde criança
tramaram com dores, mesmo as dos amores.






Segue-se por vias e o curso é implacável,
pois em todo o tempo se mostram implicadas
com as paralelas, os cruzamentos e as transversais,
e no singular encontra-se a senha
que em garrafais indica o ônus.

Porto Alegre, RS -m Brasil,  final do verão de 2010
Por:  Salete cardozo Cochinsky