
CAMPO SEM FRONTEIRA
La, onde ocorrem as cenas e os ditos,
nem sempre se ouvem as vozes
denunciadas em gestos, corporais, lábios faciais
entre a abundância de sons de objetos que funcionam como ventania
imperam em desfiladeiros,
partes ocultas do conteúdo e do roteiro.
Cruzadas vazias de inválidos princípios,
personagens conhecidos, humanos desconhecidos
sucede-se em imensos palcos onde alternados
as práticas vigentes, cotidianos e envolventes
que do universo afetivo, desejos atuantes.
Razão no átomo, emoção no movimento,
no tempo, um fragmento que se move em derradeiro
Foi da cultura antepassada a odisséia
ainda incógnito o andamento previsível
enquanto pirilampos dançam em queda livre.
E quando se abre os olhos com as retinas desgastadas
La na memória reconhecendo-se ator/autor
percorre-se campos sem fronteiras, convite à liberdade,
recursos para salvar-se a alma em sua completude
onde os afetos são íntegros e maleáveis
porque alhures para tantos há lugar para o outro,
o OUTRO como objeto não descartável
intocável, respeitável em sua opinião.
Salete Cardozo Cochinsky em 07/05/2009
9 comentários:
Belo post esse,texto poema contundente,com brisa essa soprada do sul,quase sussurro!
Viva a Vida!
beijo mãos suas poeta e escriba nossa!
Viva a Vida!
Deliciosa a leitura que este "Insólida Fronteira" proporciona, querida Salete 'atriz/autora de afetos íntegros'.
Aliás, o ALETHEIA é um espaço muito agradável e alto-astral!
Um grande beijo!
Amiga,
Passando por "insólida fronteira", para dizer o qto reconheço, o OUTRO e sua opiniao. Você! Meu Outro a qual admiro e desejo um ótimo fim de semana!
Besitosss
Salete,
Um poema madura, em forma e conteúdo. Caminhas elegantemente entre os versos - há vida e grandeza nas mensagens - quando é possível aferir em "outro" uma extensão de nós mesmos. Parabéns, muitos.
Feliz dia das mães!
Beijos
Era tão bom viver num mundo sem fronteiras com sabor a liberdade. Lindo poema.
1 Bj*
Luísa
Queridos Ricardo, Dalton, Raquel, Tere e Luísa
Assim, em conjunto com os comentários vamos construíndo ideas sobre o mundo, sobre limitações e possibilidades.
Se permitirmos a alma poeta, sensível ao que nos cerca e ao que cercamos, construiremos fronteiras antes inimaginadas.
Beijos
Foi um prazer vê-los aqui.
Salete/Saly
Gostei, especialmente dos afetos íntegros e maleáveis. Colocando o outro como objeto não descartável.
É uma boa lembrança num mundo onde tudo é rápido, disponível e logo em seguida jogado fora, por estar fora de moda. Ótima lembrança, boa poesia, e pensamento certeiro. Besos.
Fronteiras entre representações e realidade? O que será verdade? Adorei!!
Beijos
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